Portuguese Modern Language Translation 2005 | Book List

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Provérbios 26

1 Honrarias para um insensato são tão impróprias como neve no Verão e chuva no tempo das colheitas.

2 Como o pássaro e a andorinha que voam sem pousar, a maldição sem motivo não atingirá o objectivo.

3 O cavalo domina-se com o chicote, o jumento, com o freio, e o insensato, com a vara.

4 Não respondas ao insensato com a mesma insensatez, para não te tornares semelhante a ele.

5 Responde ao insensato como merece a sua insensatez, para que ele não pense que é sensato.

6 Confiar uma mensagem a um insensato é como cortar os próprios pés: só traz problemas.

7 Um provérbio na boca dum insensato é tão fraco como as pernas dum coxo.

8 É tão absurdo atar a pedra à funda como dar honras aos insensatos.

9 Homem embriagado não sente um espinho na mão, também o insensato não sente o provérbio que diz.

10 Quem dá emprego a um insensato ou a um desconhecido que passa põe toda a gente em perigo

11 Como o cão que volta ao seu vómito, assim o insensato repete as suas tolices.

12 Há mais a esperar do insensato do que daquele que se julga muito sábio.

13 Para não sair, o preguiçoso desculpa-se: "Anda uma fera à solta, um leão a correr pelas ruas."

14 Como a porta gira nas dobradiças, o preguiçoso volta-se na cama.

15 O preguiçoso mete a mão no prato, mas nem sequer é capaz de a levar à boca.

16 O preguiçoso julga-se mais sábio do que sete pessoas que sabem responder com inteligência.

17 Intrometer-se em questões alheias é como agarrar pelas orelhas um cão que passa.

18 Como o louco que lança brasas, flechas e objectos mortíferos,

19 assim é o homem que engana o seu semelhante e depois lhe diz que foi por brincadeira.

20 Sem lenha apaga-se o fogo; faltando o mexeriqueiro cessa a contenda.

21 O carvão mantém as brasas, a lenha mantém o fogo; o intriguista mantém a contenda.

22 As palavras do mexeriqueiro são como guloseimas, que todos gostam de engolir.

23 As palavras calorosas com má intenção são como verniz prateado encobrindo louça de barro.

24 O homem que odeia, dissimula quando fala, mas no seu íntimo esconde planos malévolos.

25 Quando fala com amabilidade, não te fies nele, porque a sua mente está cheia de maldade.

26 Embora ele procure esconder o seu ódio, toda a gente acabará por descobrir a sua maldade.

27 O que abre uma cova para armadilha nela cairá; o que faz rolar penedos fica esmagado debaixo deles.

28 O mentiroso odeia aqueles a quem engana; o que usa de lisonja empurra para a ruína.