Portuguese Modern Language Translation 2005 | Book List

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Jeremias 8

1 Nesse tempo, os ossos dos reis e dos governantes de Judá, assim como os ossos dos sacerdotes, dos profetas e das outras pessoas que viveram em Jerusalém, serão retirados do sepulcro.

2 Em vez de serem ajuntados e sepultados, os seus ossos serão como esterco, espalhados pelo chão. Ficarão expostos diante do Sol, da Lua e das estrelas, a quem este povo amou e serviu, a quem buscou e prestou culto.

3 E os sobreviventes desta nação pecadora, que vivem espalhados pelos países por onde os dispersei, preferirão morrer, a continuar vivos! Palavra do Senhor, Deus do universo!"

4 -"Jeremias, deves dizer ao povo o seguinte: "Esta é a mensagem do Senhor! Quando alguém cai, não se levanta? Se alguém se desvia do caminho, não volta para ele?

5 Então por que se desvia o meu povo de mim, e não quer arrepender-se? Apega-se aos ídolos e não quer voltar para mim.

6 Prestei atenção às vossas palavras, mas vocês não falaram verdade. Ninguém se arrependeu da sua maldade; ninguém se interrogou: "Que mal fiz eu?" Todos vão em correria louca, como cavalos em galope para a guerra.

7 Até as cegonhas conhecem a estação da migração. A rola, o grou e a andorinha, sabem quando devem migrar. Mas o meu povo não conhece a vontade do seu Senhor.

8 Como podem vocês afirmar que são sábios, e que têm convosco as leis do Senhor? Não vêem que elas foram mudadas por escribas desonestos?

9 Os sábios foram envergonhados; ficaram confundidos e apanhados; rejeitaram a palavra do Senhor e já não têm sabedoria

10 Por isso entregarei a outros as suas terras e as suas mulheres. Pois, todos, sem excepção, procuram o seu próprio interesse. Todos praticam burlas, até os profetas e os sacerdotes.

11 Tratam à ligeira as feridas do meu povo como se tudo estivesse bem. "Tudo vai bem", dizem eles, quando sabem que isso não é verdade

12 Será que eles se envergonham das coisas abomináveis que fizeram? Não, não se envergonham, nem sequer sabem corar! Por isso, cairão como outros caíram. Quando eu os castigar, será o fim. Sou eu, o Senhor, quem o diz.

13 Quis recolher deles alguma coisa! Palavra do Senhor! Mas são como as vinhas sem uvas, como as figueiras sem figos e sem folhas. E deixei que os que passavam se apoderassem deles "

14 O povo pergunta: "Por que estamos ainda assentados? Juntemo-nos e entremos nas cidades fortificadas, para ali morrermos. O Senhor nosso Deus condenou-nos à morte. Deu-nos veneno para beber, por termos pecado contra ele.

15 Esperávamos que viesse o sossego e a cura dos nossos males, e nada! Apenas terror nos sobreveio.

16 Já se ouve em Dan/POET1> o relinchar dos cavalos do inimigo Toda a terra treme à sua passagem. O inimigo veio destruir a nossa terra e tudo o que possuímos, a nossa cidade e os seus habitantes."

17 -"Cuidado! Eu vou mandar-vos serpentes venenosas contra as quais não há encantamento, serpentes que vos picarão. Palavra do Senhor!"

18 Não encontro remédio para curar a minha tristeza O meu coração está apertado!

19 Escutem! Ouço o meu povo que clama, dum extremo ao outro da terra: "Será que o Senhor já não está em Sião? Será que ela já não tem o seu rei?" -"Por que me provocaram, adorando ídolos, deuses desconhecidos, sem valor?"

20 O Verão passou, a colheita está feita, mas nós continuamos à espera de auxílio.

21 O meu coração sente-se angustiado pela opressão do meu povo. Estou triste e desolado!

22 Será que já não há o bálsamo de Guilead? Onde estão os seus médicos? Por que é que o meu povo não foi curado?

23 Quem me dera que a minha cabeça fosse uma nascente de água e os meus olhos uma fonte de lágrimas. Para poder chorar de dia e de noite, pelo meu povo que foi morto.