Portuguese Modern Language Translation 2005 | Book List

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Marcos 11

1 Depois de passarem por Betãnia e Betfagé, chegaram ao Monte das Oliveiras, perto de Jerusalém. Jesus mandou dois discípulos

2 e ordenou: "Väo à povoaçäo que fica ali em frente. Logo que lá entrarem encontraräo um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltem-no e tragam-no cá.

3 Se alguém vos perguntar por que fazem isso, digam que o Senhor precisa dele e logo a seguir o mandará entregar."

4 Eles foram até lá, encontraram realmente um jumentinho preso a uma porta do lado de fora e soltaram-no.

5 Alguns dos que estavam por ali perguntaram: "Por que é que estäo a soltar o jumento?"

6 Eles responderam como Jesus lhes tinha dito e os outros deixaram-no levar.

7 Os discípulos trouxeram o jumento a Jesus, puseram as suas capas por cima do animal e Jesus montou nele.

8 Entäo muitas pessoas estenderam também as capas pelo caminho e outras espalharam os ramos que tinham cortado no campo.

9 Tanto as pessoas que iam à frente como as que seguiam atrás gritavam: "Glória a Deus! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!

10 Bendito seja o reino que está a chegar, o reino de nosso pai David! Glória a Deus nas alturas!"

11 Jesus chegou a Jerusalém, entrou no templo e observou tudo em volta; mas como já era tarde, foi para Betãnia com os doze discípulos.

12 No dia seguinte, ao voltarem de Betãnia, Jesus teve fome.

13 Viu ao longe uma figueira coberta de folhas e foi até lá para ver se tinha fruto. Quando chegou ao pé da árvore, notou que só tinha folhas, pois näo era tempo de figos.

14 Entäo Jesus exclamou: "Nunca mais ninguém coma do teu fruto!" E os discípulos ouviram isso.

15 Voltaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a pôr de lá para fora os que estavam a vender e a comprar. Atirou ao chäo as bancas dos que trocavam dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombos.

16 Näo deixava ninguém transportar coisas pelo templo.

17 Depois começou a ensinar deste modo: "Está escrito na Sagrada Escritura: O meu templo será declarado casa de oraçäo para todos os povos. Mas vocês transformaram-no em caverna de ladrões!"

18 Os chefes dos sacerdotes e os doutores da lei ouviram isto e começaram a procurar maneira de matar Jesus; é que eles tinham medo dele e o povo andava entusiasmado com o seu ensino.

19 Ao cair da noite, Jesus e os discípulos voltaram a sair da cidade.

20 No outro dia, de manhäzinha, passaram perto da figueira e viram que ela tinha secado até à raiz.

21 Pedro lembrou-se do que acontecera na véspera e disse a Jesus: "Olha, Mestre! A figueira que amaldiçoaste ficou seca!"

22 Jesus disse entäo aos discípulos: "Tenham fé em Deus!

23 Garanto-vos que se alguém disser a este monte: "Tira-te daí e lança-te no mar", e näo tiver dúvidas no seu íntimo, mas acreditar realmente no que diz, assim acontecerá!

24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirem em oraçäo, creiam que o receberäo e assim acontecerá.

25 Mas quando estiverem a orar, se tiverem razäo de queixa contra alguém perdoem-lhe, para que o vosso Pai do Céu vos perdoe também os vossos pecados."

26 Se näo perdoarem aos outros, o vosso Pai do Céu também vos näo perdoará.

27 Entraram outra vez em Jerusalém. Jesus caminhava no templo e os chefes dos sacerdotes, os doutores da lei e os anciäos foram perguntar-lhe:

28 "Com que autoridade fazes tu estas coisas? Quem te deu o direito de fazer isso?"

29 Jesus respondeu-lhes: "Eu também vou fazer-vos uma pergunta. Se me responderem, digo-vos com que autoridade faço estas coisas.

30 Joäo baptizava com a autoridade de Deus ou dos homens?"

31 Eles puseram-se a discutir uns com os outros: "Se respondemos que é de Deus, ele vai perguntar-nos por que é que näo acreditámos em Joäo.

32 Vamos dizer-lhe que é dos homens." Mas eles tinham medo porque o povo considerava Joäo um verdadeiro profeta.

33 Por isso acabaram por responder: "Näo sabemos." E Jesus concluiu: "Pois também eu näo vos digo com que autoridade faço estas coisas."